Impatients – Espírito Santo, Brasil

01 – Todos os integrantes tocam ou já tocaram em diversas bandas. Como surgiu a ideia de montar o Impatients e qual foi a maior motivação?
Abreu: Bicho…em 2005, acho, eu tinha quatro músicas prontas mas que não “cabiam” em nenhuma das minhas bandas da época. Aí eu contatei o Marcelinho, que toca todos instrumentos, para gravar comigo só para ter e escutar de vez em quando, saca? E assim foi. Até que no início de 2015, novamente eu tinha mais umas 3 músicas que queria gravar a toa e chamei o Marcelinho, que na hora topou. Foi quando ele deu a ideia de chamar o John e ensaiar ao vivo e tal. Eu conhecia o John, mas não tinha qualquer contato ou intimidade. Bicho…depois do primeiro ensaio (duas guitarras – sem baixo – e batera), rolou uma vibe foda e senti que ali podia nascer uma banda de verdade. E foi, bicho. Entre mudanças de formação (até encontrar a atual), levávamos os ensaios como dava e gravamos o disco nós três mesmo. Depois chamamos o Dumbo e agora firmou de vez.
02 – Qual o status da banda? Ela será apenas um projeto, uma banda paralela ou tem status de banda principal.
Abreu: Então…status da banda é ativo, cara. Estamos com essa formação desde o final do ano passado e recentemente fizemos nosso segundo show ao vivo mesmo. Nossa ideia é tocar bastante sem essa de projeto. Acho esse termo muito escroto: Projeto. É uma banda. Cada um de nós também tem outras bandas, mas talvez o Impatients seja a que consegue ensaiar com mais regularidade e ter algumas ideias e projetos que saem do papel com mais rapidez e empolgação por parte de todos. Sem essa de banda principal ou projeto. É apenas mais uma banda que temos e que, dentro das possibilidades e dificuldades, tentamos levar o máximo a sério possível.
03 – O We Live in Hell adorou o disco de estreia de vocês. Você pode falar um pouco sobre o processo de composição e gravação do disco?
Abreu: Fodido, bicho! Maneiro mesmo ler resenhas e opiniões de quem gostou (e de quem não gostou também, é claro) do disco. É o som que sempre nos propomos a fazer e também ficamos bastante felizes com o resultado. Bicho, são 11 músicas que gravamos em uns 4 dias e com pouquíssimos ensaios. Duas delas, inclusive, foram praticamente gravadas às cegas e na pressa…mas vingou. hehehe!
No caso específico do cd, eu fiz as letras e músicas no violão podre e desafinado e passei pro Marcelo e John, que além de tocarem muito mais, têm ouvidos críticos que não tenho. hehehe. Para o John, inclusive, eu passava por voz mesmo algumas ideias de teminhas ou solos que gostaria que ele encaixasse, já que eu não consigo tocar. hahaha! E além dele fazer à risca, ainda criou muuuuitas guitas, melodias e backings. Também gravou o baixo do disco. O Marcelinho, apesar de batera, também sempre teve bom ouvido e deu alguns toques também.
Já temos umas 15 músicas novas que seguem o mesmo estilo. Estão todas gravadas (de maneira crua) no meu celular e esperando apenas à hora de serem mostradas aos caras (agora, já com o Dumbo no baixo). Conversamos sobre gravar um ep no final do ano e pensar em outro full para 2017.
04 – Os integrantes são todos influentes na cena capixaba. Afinal, como anda a cena por aí? Alguma banda que você destacaria para o site ficar de olho?
Abreu: É, cara. O Impatients é novo, mas tocamos e estamos nessa brincadeira há um bom tempinho mesmo. Curioso que entre bandas e bandas, eu também toco com o Marcelo n’Os Pedrero e o John e Dumbo tocam em umas trinta bandas de cover que eles inventam a cada final de semana. hehehe
Sobre shows, a grande Vitória é estranha. Tem épocas que parece tudo legal, mas em outros momentos, fica um marasmo. Hoje em dia, existem alguns picos que rolam eventos musicais (não necessariamente apenas de rock e/ou músicas autorais) com freqüência, mas sei lá…particularmente eu sinto muita falta do saudoso Entre Amigos e as badernas de todas sextas, sábados e domingos.
No caso de bandas novas por aqui, serei bem sincero: Tô bem por fora. Com certeza deve ter um monte, mas eu realmente não estou ligado em algum “destaque”. Eu tenho gostado da correria, ideias e bagunça (além de alguns amigos ali) do Orquestra Trinca Ferro. Uns brothers bêbados que sentam em mesa de bar no centro da cidade e fazem um lance meio folk, blues, rock, psicodelia com banjo, acordeão, caralho a 4. Parada bem maneira.
05 – Não é nada fácil ter uma banda independente no Brasil. Como os integrantes conciliam a rotina de trabalhos e família com as atividades da banda?
Abreu: Eu diria que é impossível, bicho. Conciliamos da maneira mais simples e direta: Famílias e trabalhos em primeiro lugar. Quando sobra tempo e ca$calho, o Impatients.
É foda. Todos somos casados, temos nossos empregos…John tem um filho, eu também…Mas mesmo assim, acho que a gente consegue fazer a parada bem legal. Não ficamos sem ensaiar, compor, conversar todos os dias, pensar em formas de divulgação, shows, etc. Dentro do que está ao nosso alcance, tentamos correr atrás e fazer a parada rodar. Mas sem qualquer pretensão além disso. O que não quer dizer que abriríamos a mão caso algum milagre musical acontecesse ao nosso favor, né? hehehe
06 – Quais os planos futuros da banda em termos de shows e divulgação. Li na fanpage alguma coisa sobre um videoclipe, é isso mesmo?
Abreu: Como eu disse, queremos tocar o máximo que puder. Aqui no ES e fora também. Portanto, produtores e amigos, nos chamem, porra! Também queremos gravar um EP para o final do ano e um outro full em 2017. E claro, divulgar o máximo possível (em todos os meios, mídias, virtual e ao vivo) esse nosso primeiro disco.
Sobre o clipe, sim, vamos gravar no próximo domingo, dia 24/4. Algo simples e dentro do orçamento que dispomos. Escolhemos a música “Esperando o Adeus” e acho que vai sair legal. Assim que estiver pronto, editado, vamos divulgar absurdamente também.
07 – Vocês vão participar em um tributo gringo ao Teenage Bottlerocket. Conta aí como rolou o convite, qual música vocês escolheram e qual foi a sensação de participar.
Abreu: Sim, bicho. Então…ainda não sei de todos detalhes. Um dia – logo após a morte do Brandon (batera do TBR) – eu estava navegando pela net e vi um maluco da gringa (da ótima banda The Lemonaids) divulgando a ideia de gravar e lançar pela net mesmo um tributo ao TBR. Contatei o maluco e ele disse ok na hora. Também passei o contato para o Testa e acho que o Lomba Raivosa também participará.
Não sei de maiores informações de data lançamento e/ou outras bandas presentes, mas nós gravamos uma versão acústica de “Done With Love” em 2 horinhas. Violão, voz e assobios mesmo! hehehe! Gostamos muito. Particularmente, acho a música mais foda dos caras. Mostrei para eles e curtiram, inclusive o fato de ter ficado bem diferente da original. Em breve também vamos colocar na grande rede para geral.
08 – Quais são seus 5 discos preferidos de pop-punk/bubblegum?
Abreu: Cara, difícil, hein? Vou tentar mesclar alguns mais antigos com outros recentes, ok?
1- My Brain Hurts – Screeching Weasel
2- Don’t Back Down – Queers
3- Warning Device – Teenage Bottlerocket
4- Masked Intruder – Masked Intruder
5- Punch Lines – Parasites
09 – Valeu pela entrevista. Deixe uma mensagem final pra galera do site.
Abreu: Valeu a você Tony e o Taú pela força que sempre deram pra gente no WLiH. Para a galera, espero que gostem do disco e nos chamem para tocar. Para links de compras, downloads, streaming e mais informações sobre o disco, músicas, novidades… facebook.com/impatients. Valeu!