Dowsing – Chicago, Estados Unidos

01 – Vocês vão tocar no The Fest desse ano. O quão importante é participar desse grande festival?
Erik: Essa é nossa terceira vez no Fest e estamos muito empolgados. O Propagandhi também vai tocar e é a edição de 15 anos. Muitas coisas especiais acontecerão nesse festival. São muitos amigos e muita diversão. Nos sentimos honrados em participar. Também vamos tocar nos shows pré-festival que são tão divertidos quanto o festival.
02 – Fale um pouco do processo de criação do novo álbum. Quais são suas expectativas?
Erik: Nosso disco saiu em abril pela Asian Man. Levamos muito tempo para fazer o disco, mais tempo do que o normal. Tivemos uma grande troca na formação e tivemos que resolver enquanto estávamos em turnê. No final, deu tudo certo e estamos muito felizes com o resultado. Quanto às expectativas, acho que já as superamos e já estamos ansiosos para escrever material novo. Um espaço de dois anos e meio entre discos é muito longo. Estamos sempre pensando no próximo passo – é o que nos mantém na ativa.
03 – Quais suas maiores influências, musicalmente e liricamente?
Erik: Pessoalmente, eu gosto de bandas como Weakerthans, Superchunk e Guided By Voices. Essas bandas me influenciam tanto musicalmente quanto liricamente. Gosto de muitas outras bandas também, mas ouço constantemente uma das três.
04 – Quanto vocês como banda e consumidores de músicas se importam com os formatos físicos (cd, vinil, cassete, etc)? Você acha que os formatos físicos estão volta, principalmente o vinil? Você acredita que a música digital é um bom meio para divulgação ou é algo mais complexo, pois envolve pirataria e outros aspectos ilegais que acabam prejudicando o artista?
Erik: Eu me importo muito e diria que os outros membros da banda também. Sabemos que o vinil voltou a ser popular e as fábricas estão tendo dificuldades para suprir a demanda, então, dá pra dizer que o vinil voltou de vez. Todos querem lançar em vinil. É ótima sensação ter seu disco lançado em vinil. Eu adoro. Os cds funcionam perfeitamente como descanso de copos, mas eles também tocam música! Duas utilidades! As fitas cassetes tiveram um estranho revival, e apesar de achar divertido, não é minha praia. Provavelmente o que eu mais faço é download. Eu não uso Spotify nem Apple Music. Pirataria é uma coisa errada, mas que sempre existiu e vai existir e pode ser bom ou ruim. Faz o nome da banda circular e as pessoas irem ao show. Então, o que importa é que as pessoas escutem sua música e apareçam nos shows, comprando ou não a sua música. Isso é o que importa.
05 – O que vocês conhecem sobre o Brasil, relacionado à música ou não.
Erik: Não sei muito, mas adoraria conhecer o país algum dia. Uma banda brasileira uma vez tocou na minha garagem, mas não me lembro o nome agora. Começa com a letra L, mas eu sei que isso não vai ajudar em nada. Realmente não sei escrever o nome. Me desculpem! Opa! Acho que é Lasabe? Nos levem para o Brasil! A gente aprende o nome da sua banda! Será muito divertido.
06 – Quais são seus cinco discos favoritos de todos os tempos e porquê?
Erik: Pergunta difícil. Não espera por essa. Aqui estão cinco discos que eu gosto, sem ordem de preferência.
Perfection Loneliness do Jets To Brazil – simplesmente um disco muito bonito.
Reconstruction Site do Weakerthans – me fez apreciar os jogos de palavras e as estruturas simples das músicas.
When I Couldn’t Breathe do Sundials – esse disco foi meu melhor amigos durante uma separação, agora nos encontramos novamente e somos melhores amigos!
Strane Spring Air do Shinobu – Wire, Pavement e muitas outras bandas que gosto muito misturadas no liquidificador. Porém, melhor. Bem melhor.
Mable do Spraynard – o melhor disco dos últimos cinco anos?
07 – Valeu pela entrevista. Deixe uma mensagem final para a galera do Brasil.
Erik: Brasil! Adoraríamos tocar no país. Entrem em contato com a gente e vamos fazer isso acontecer: dowsingband@gmail.com. Valeu pela entrevista!